Taxa de obesidade cresce entre baianos e exige cuidados com a saúde

 

A Tarde – Jornal

Sobrepeso e a obesidade são  problemas de saúde pública que afetam milhões de brasileiros e, na Bahia, a situação não é diferente. Dados inéditos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), do Ministério da Saúde, obtidos pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, revelam que em 2022, 2,7% da população na Bahia estava com obesidade mórbida. Até 2019, o percentual era de 2,1%. O monitoramento também revela que outros 6,2% da população estão com obesidade severa, 18,1% com obesidade leve e 34,8% com sobrepeso.

A psicóloga Geisa de Almeida, 32 anos, sofre com doença há 4 anos, e decidiu pela cirurgia bariátrica. “Nunca fui magra mas, meu sobrepeso nunca me incomodou. Contudo, após minha gravidez engordei mais de 30 quilos, e depois que tive covid desenvolvi ansiedade e fiquei com 40 quilos a mais, problemas articulares, dor nas pernas, hérnia de disco e esofagite. Tentei emagrecer diversas vezes sem sucesso mesmo com acompanhamento profissional, então, a bariátrica foi a solução que encontrei”.

Nos últimos cinco anos foram realizadas 311.850 mil cirurgias bariátricas pelos planos de saúde e pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Destas 252.929 cirurgias, segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), foram realizadas através dos planos e 14.850 foram feitas de forma particular. Deste total, 44.093 procedimentos foram realizados pelo SUS, sendo apenas 115 procedimentos realizados na Bahia neste mesmo período, conforme dados do DATASUS.

Obesidade mórbida é indicativa de cirurgia bariátrica. É o único método de tratamento que produz uma perda de peso robusta e sustentável. O SUS é a alternativa de tratamento a 75% da população que não tem acesso à medicina privada. O ideal é não esperar a obesidade se instalar, pois depois o corpo passa defender um novo padrão de peso, difícil de se desfazer.  

 

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