Cirurgia Bariátrica
Orientações Bariátrica

orientações bariátrica

Orientações Bariátrica: um dia antes da cirurgia

Realize um check-list:

  • Nutricional: o paciente dever verificar com o nutricionista qual será o suplemento utilizado em casa assim como a dieta para os 15 primeiros dias após a operação. No período de internação hospitalar a alimentação será fornecida pela instituição, mas depois será preparada em casa;
  • Psicológico: o paciente deve ficar atento às orientações dos psicólogos da equipe IBO no que se refere à fome real versus desejo de comer. O apoio familiar é fundamental;
  • Fisioterápico: o paciente deve checar o Respiron e como utilizá-lo assim como a meia elástica de média compressão branca, como utilizá-la e os exercícios que devem ser feitos no hospital, porque a fisioterapia precoce reduz complicações da cirurgia;
  • Medicamentoso: o paciente deve tomar o anticoagulante prescrito até as 22:00h na véspera da operação como orientado pela equipe;
  • Documentação: o paciente receberá uma pasta do IBO com sua documentação e deve levá-la ao hospital para a avaliação do anestesista, levar também o termo de consentimento assinado por Dr. Daniel Proença, pelo paciente e por um familiar, a carteira do plano e um documento de identidade, os exames e os relatórios;
  • Emocional: paciente e sua família devem perceber este momento como o começo de uma nova fase e podem ter a certeza que a equipe do IBO estará todo o tempo muito próxima e disponível para apoiá-los.

No dia da cirurgia 

  • O paciente deve chegar ao hospital no horário determinado, sendo obrigatório, um acompanhante, maior de 18 anos, no momento da internação;
  • O paciente será encaminhado ao centro cirúrgico, onde toda a equipe o aguarda para iniciar o procedimento;
  • Após a cirurgia, o paciente retornará ao quarto. Alguns precisarão fazer o pós-operatório no CTI, devido as doenças pré-existentes, ou intercorrências durante a cirurgia, como por exemplo dificuldade de controlar a pressão arterial ou o açúcar no sangue. A indicação de CTI é feita de forma individualizada, portanto, falaremos sobre isso nas consultas;
  • O paciente deve caminhar após 6 horas do retorno ao seu quarto, sempre acompanhado;
  • No dia da cirurgia será dieta ZERO, então o paciente receberá hidratação venosa;
  • Medicamentos estão prescritos, para intercorrências como dor ou náusea, o paciente deve avisar a enfermagem sobre qualquer desconforto no seu pós-operatório. A função da equipe será sempre de avaliar a queixa dos pacientes com toda atenção e decidir a melhor conduta.

Pós-operatório

1º Dia de Pós-Operatório

  • Dia de iniciar a dieta líquida, nos volumes prescritos pela equipe médica;
  • Importante que o paciente caminhe no hospital. Lembrar que a cama foi feita para dormir, durante o dia deve procurar usar a poltrona, deixando a  cama para a noite. Isto ajudará no retorno dos movimentos do intestino, vai melhora o fluxo de sangue nas pernas e a recuperação geral dos pacientes;
  • O paciente será avaliado pela equipe, com possibilidade de alta para casa ao final do primeiro dia pós-operatório, ou na manhã do segundo dia pós-operatório. Casos especiais podem requerer internação mais longa.

Importante: utilizamos drenos de silicone no abdômen, durante os primeiros dias de pós-operatório, com objetivo de vigiar as anastomoses (pontos e grampos) da cirurgia. Esses drenos são retirados na consulta de revisão. O paciente deve tomar o corante conforme orientação médica. Nem todos os pacientes necessitam de drenos, essa decisão é tomada durante a cirurgia, baseada em critérios médicos.

Consultas de Revisão 

  • Será agendada com o cirurgião consulta entre 7 e 10 dias após o procedimento, para avaliação do pós-operatório, retirada de pontos, etc;
  • O paciente também deve agendar retornos regulares com a equipe multiprofissional, para seguir seu tratamento clinico;
  • Atividades físicas leves, como caminhadas, atividades domésticas habituais estão liberadas após a consulta de revisão, quando a equipe médica irá avaliar o início das demais atividades físicas, como musculação.

Orientações nutricionais

A cirurgia bariátrica é uma ferramenta eficaz para o tratamento de obesidade severa, porém o sucesso do procedimento cirúrgico, depende também da disciplina e do comprometimento do paciente. O candidato deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, para um resultado satisfatório.

A avaliação nutricional do paciente a ser submetido à cirurgia bariátrica é extensa, e abrange vários itens como: história de doença familiar, histórico social, história de doença pregressa, história da doença atual, exames bioquímicos, exames físicos, antropometria, avaliação do consumo alimentar e outros exames. O profissional nutricionista tem o papel de garantir uma adequação de nutrientes ao paciente, favorecendo uma boa recuperação no pós-operatório, preservando a massa magra durante o emagrecimento, além de minimizar riscos de complicações durante e após a cirurgia, bem como uma readequação do organismo a nova realidade.

O paciente deve passar por quatro fases antes de ter uma alimentação regular:

Primeira fase: Dieta líquida restrita
Dieta com líquidos claros, sem resíduos. Evita desconforto gástrico e promove melhor recuperação e cicatrização intestinal. As preparações devem conter o menor resíduo possível. Todos os líquidos devem ser coados em peneira fina ou coador.

Segunda fase: Dieta líquida completa
Os líquidos ainda devem ser ralos, podem ser coados em peneira normal (não precisa ser tão fina), podem conter resíduo (lactose, fibra) mas não podem conter partículas, pedaços ou fiapos. As sopas são mais nutritivas e a variedade de frutas e verduras é maior.

Terceira fase: Dieta pastosa
É recomendável a mastigação exaustiva, e os alimentos deverão ser cozidos e amassados, consistência semelhante de purê. O objetivo é treinar a mastigação e o tempo de refeição.

Quarta fase: Dieta sólida
Esta é a última etapa da evolução dietoterápica, devendo seguir uma mastigação exaustiva e introdução dos alimentos crus. É o período em que o paciente, sempre seguindo as orientações de sua equipe multidisciplinar, poderá voltar a ter uma alimentação regular.

Orientações psicológicas

Antes de realizar efetivamente a cirurgia bariátrica, o paciente é submetido a uma série de avaliações que envolve uma equipe multidisciplinar. O psicólogo terá um papel fundamental na avaliação das condições emocionais do paciente para passar por este processo, levando em conta ainda todas as mudanças que ele enfrentará no pós-operatório. Devemos entender que o paciente que chega ao momento de uma cirurgia bariátrica, já traz consigo um histórico relacionado à obesidade, provavelmente envolvendo tentativas de emagrecimento às vezes frustradas, dificuldades em seu cotidiano ligadas ao excesso de peso, possíveis doenças associadas, pressão social, entre outros fatores. Tudo isso envolve certo estresse, acompanhado de expectativas e ansiedade pela realização de um procedimento cirúrgico e também frente às mudanças idealizadas pelo paciente após esta intervenção.

Na avaliação do paciente se inicia e deve considerar certos fatores:

  • História clínica do paciente: estilo de vida, hábitos, comportamentos, relacionamentos, sentimentos, pensamentos, atividades;
  • Investigar sobre início da obesidade: quais são os padrões familiares, como o paciente lida com a doença, quais e quantas foram as tentativas para emagrecer, qual a influência e os prejuízos da obesidade em sua rotina, quais os casos de obesidade na família, como está sua autoestima e sua imagem corporal, estado de humor, qualidade de sono, vida social e profissional, quais as suas expectativas e idealizações quanto ao procedimento cirúrgico;
  • Verificar a existência de compulsões, crises de ansiedade, fantasias acerca do emagrecimento, possível existência de algum transtorno alimentar, níveis de estresse, ansiedade, depressão. Capacidade do enfrentamento de estresse e tensão, além de outros aspectos psicossociais que possam comprometer os resultados;
  • Verificar a possível presença de transtornos mais graves que possam inviabilizar o procedimento cirúrgico;
  • Investigar a disponibilidade do paciente para mudanças de hábitos e padrões de vida permanentes após a realização da cirurgia, como: mudanças na alimentação, práticas regulares de exercícios físicos e demais alterações que se façam necessárias em cada caso.

O trabalho do Psicólogo não se limita apenas à avaliação pré-operatória, já que, quando for necessário, o paciente poderá ser encaminhado para um acompanhamento anterior à cirurgia, podendo ser estendido até o pós-operatório, o que é tão importante quanto a avaliação por si só. No caso do paciente que realiza o acompanhamento psicológico posterior à cirurgia bariátrica, o atendimento será voltado ao processo de adaptação que se iniciará nesta fase, considerando as mudanças no estilo de vida e na alimentação, como já foi dito. E ainda deve-se considerar também certa mudança nos relacionamentos sociais, familiares, profissionais, na autoimagem, na compreensão sobre si mesmo, nas expectativas que o paciente deposita sobre si e sobre seu futuro, dentre outras demandas que podem eventualmente surgir nesta fase.

Orientações fisioterapêuticas

Diversos estudos demonstram que fisioterapia precoce e adequada reduz significativamente a incidência de complicações operatórias e pós-operatórias (exemplos: Pneumonia, Trombose, dentre outas).

Pensando em um atendimento integrado o IBO dividiu a fisioterapia no atendimento ao paciente com obesidade em pré-hospitalar (antes da cirurgia), hospitalar (internamento) e pós-Hospitalar (após a alta hospitalar) onde cada fase deste atendimento tem um objetivo a ser alcançado.

Fase Pré-Hospitalar:

  • Condicionamento Respiratório: ampliar a capacitação respiratória aumentando a entrada do volume correto de ar, fortalecer os músculos respiratórios aumentando a capacidade funcional e reduzindo o risco de colabamento pulmonar com utilização de exercícios respiratórios e Respiron;
  • Condicionamento Cardíaco: capacitação cardíaca e muscular melhorando o condicionamento físico de maneira gradual permitindo assim que a capacidade vital seja aumentada para que o paciente tenha maior reserva cardíaca para o stress cirúrgico.

Fase Hospitalar:

  • Caracteriza-se pela fase onde o paciente aplicará os exercícios ensinados no pré-operatório para continuar um condicionamento gradual;
  • Nesta fase, utiliza-se o Respiron, meia elástica, exercícios de alongamento, mobilização do leito, exercícios para panturrilha reduzindo o risco de trombose e colabamento pulmonar.

Fase Pós-Hospitalar:

  • Esta fase, é dividida em precoce e tardia, sendo na fase precoce utilizados os exercícios respiratórios e de alongamento indicados pela fisioterapeuta;
  • Na fase tardia os objetivos são diferentes da fase precoce, pois temos como necessidade o fortalecimento ligamentar e alongamento com pilates para após essa fase iniciarmos atividade física moderada.

Orientações para curativos simples após cirurgia eletiva 

Curativo é definido como um procedimento utilizado para a limpeza, proteção e tratamento das lesões. O curativo consiste no cuidado dispensado a uma região do corpo com presença de uma ruptura da integridade de um tecido corpóreo mantendo assim a boa cicatrização tecidual.

Finalidades dos curativos

  • Remover corpos estranhos;
  • Limpar a lesão;
  • Evitar o aparecimento de infecções nas feridas limpas;
  • Preencher espaço morto e evitar a formação de sero-hematomas;
  • Fornecer isolamento térmico;
  • Proteger e isolar a ferida do meio externo e contra trauma mecânico.
  • Favorecer a cicatrização da ferida;
  • Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida;
  • Proporcionar maior conforto físico e psicológico aos clientes;
  • Diminuir a intensidade da dor.

Orientações Gerais

Caso seu curativo esteja limpo e seco após a alta hospitalar você deve tomar banho normalmente lavando a região dos pontos com água e sabão antes da realização de um novo curativo retirando o antigo antes do banho.

Como proceder para realizar um novo curativo

  • O paciente deve evitar tocar a ferida com a mão, falar próximo à lesão e tocar nos materiais esterilizados no momento da realização do curativo;
  • Lavar as mãos com água e sabão e passar álcool 70% nas mãos.

1º passo: remoção do curativo anterior e limpeza das bordas distantes
2º passo: fazer a limpeza da ferida utilizando-se de um chumaço de gaze e luva de procedimento, iniciando da área menos contaminada para a mais contaminada.(Inicia-se do local dos pontos para a borda longe dos pontos);
3º passo: fazer a aplicação de anti-sépticos no local do curativo (Ex: Clorexidina) utilizando-se de um chumaço de gaze embebido;
4º passo: caso esteja saindo alguma secreção da incisão cirúrgica deve-se cobrir com gaze e micropore, na confecção do curativo de proteção. Caso sua incisão cirúrgica esteja seca, a orientação do IBO é mantê-lo descoberto.

Porque utilizar a meia elástica? 
A utilização da meia elástica associada a fisioterapia motora e utilização de anticoagulante injetável são cuidados fundamentais para evitar trombose venosa profunda. Indicamos a meia elástica de média compressão para prevenção da trombose com o comprimento de ¾ da perna e com a ponta dos dedos livres e com efeito anti-trombótico (Branca).

Dicas para vestir corretamente as meias elásticas:

  1. Utilizar a sapatilha (quando houver) para fazer a meia deslizar. Usar a sapatilha em todas as meias de ponteira aberta;
  2. Colocar a mão por dentro da meia e segurar o tecido próximo ao calcanhar, com a outra mão, virar a meia do avesso até o ponto em que ela está sendo segurada;
  3. Calçar a meia no pé, ajustando-a bem até o calcanhar;
  4. A partir do calcanhar, deslizá-la aos poucos pelas pernas até a altura abaixo do joelho;
  5. Distribuir a meia ao longo da perna, ajustando-a corretamente no tornozelo e não deixando atrás do joelho;
  6. Retirar a sapatilha.

Equipe

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O índice de massa corporal (IMC) é um dos parâmetros mais utilizados para classificar sobrepeso e obesidade em adultos. Ele é calculado a partir da divisão do peso (em quilos) pela altura (em metros) ao quadrado.

Quanto mais alto o IMC, maiores os riscos de doenças como diabetes, hipertensão, apneia do sono, doenças de articulações, entre outras.

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