Mortalidade de jovens obesos é mais alta do que de idosos com covid-19

Mortes de jovens obesos pelo novo coronavírus (Covid-19) chamam atenção de médicos e especialistas no Brasil, já que metade da população brasileira está acima do peso.

De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a mortalidade dos jovens obesos é mais alta do que os idosos obesos com Covid-19. A taxa é de 57% entre os pacientes com menos de 60 anos e 43% com idade superior a 60 anos.

Quanto mais obeso, mais o paciente estará vulnerável a vírus e bactérias, já que o tecido adiposo fragiliza seu sistema imunológico. A obesidade agrava o risco de complicações nas pessoas infectadas, mesmo que elas sejam mais jovens e pode dificultar no tratamento da Covid-19.

Segundo dados do Ministério da Saúde, do total de mortes por COVID-19 no Brasil, 65% das pessoas tinham pelo menos um fator de risco, como obesidade, hipertensão e cardiopatias.

É importante que a população que está acima do peso continue com os cuidados com a saúde, principalmente se houver doenças associadas como diabetes, hipertensão e cardiopatias, e siga seu tratamento, fazendo mudanças no seu estilo de vida e se prevenindo contra o novo coronavírus.

Difuldades no tratamento Covid-19

Os pacientes obesos infectados pelo novo coronavírus podem ter dificuldades desde o diagnóstico da Covid-19 até o tratamento em ambiente hospitalar, é que o que aponta um estudo realizado pela World Obesity Organization.

De acordo com o estudo, “pessoas com obesidade que adoecem e necessitam de cuidados intensivos apresentam  mais desafios no cuidado, pois é mais difícil intubar pacientes com obesidade, pode ser mais desafiador obter imagens de diagnóstico (como existem limites de peso nas máquinas de imagens), os pacientes são mais difíceis de posicionar e serem transportados pela equipe de enfermagem”.

Alguns médicos e especialistas ressaltam essa dificuldade no ambiente hospitalar, já que a obesidade dificulta o posicionamento adequado quando o paciente precisa ficar na ventilação mecânica, ainda constituindo um fator de risco para trombose. Além disso, o paciente obeso infectado pelo novo coronavírus passa a ter que lutar contra dois tipos de inflamação: a inflamação natural do excesso de peso junto com a inflamação produzida pela Covid-19.

Evidências científicas ainda sugerem que as alterações metabólicas e hormonais, além das deficiências nutricionais provocadas pelo excesso de peso, podem dificultar as defesas do organismo, e esses pacientes podem ter comprometimento significativo da função pulmonar, ainda associados à síndrome da hipoventilação da obesidade, a apneia do sono e a piora da oxigenação das células sanguíneas.

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O índice de massa corporal (IMC) é um dos parâmetros mais utilizados para classificar sobrepeso e obesidade em adultos. Ele é calculado a partir da divisão do peso (em quilos) pela altura (em metros) ao quadrado.

Quanto mais alto o IMC, maiores os riscos de doenças como diabetes, hipertensão, apneia do sono, doenças de articulações, entre outras.

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