Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Havard associa o propionato, aditivo alimentar comum usado para impedir o mofo e a proliferação de bactérias no pão de forma e produtos de confeitaria em geral, ao desenvolvimento da diabetes e obesidade.
A pesquisa publicada na revista Science Translation Medicine, aponta que o consumo do conservante, aprovado pela Autoridade Europeia de Segurança dos Alimentos (EFSA), poderia elevar os níveis de hormônios envolvidos na regulação do peso corporal e no diabetes, com um risco aumentado da pessoa sofrer de diabetes e obesidade.
De acordo com a tecnóloga de alimentos e consultora de segurança alimentar, Beatriz Robles, “a ingestão média de propionato em adultos procedente de todas as fontes dietéticas (naturais e como aditivo) está em torno de 1, 1 a 7,7 miligramas por quilo de peso corporal por dia. Para um adulto de 70 quilos, isto representa entre 0,077 e 0,5 grama por dia, uma quantidade muito distante da usada no estudo, de um grama”, ainda garantindo que a segurança do aditivo foi reavaliada em 2014, sendo seguro seu uso, mesmo que em concentrações máximas permitidas.
Na opinião médica da endocrinologista do Instituto Baiano de Obesidade, Dra Mariana Siqueira, “o estudo é muito pequeno e foi feito com 15 pessoas, o que não permite a gente extrapolar esses resultados para realidade, até porque a dose usada no estudo foi maior do que a média consumida pela população. Estudos feitos em ratos não podem ser avaliados como um fator para pessoas”.