As oito principais causas da obesidade

Fonte: World Obesity Federation

A falta de compreensão em relação à obesidade cria uma barreira enorme para o seu tratamento. Muitas pessoas acreditam que ela é uma escolha de vida, e não uma doença crônica, que possui causas multifatoriais, englobando fatores genéticos, biológicos, culturais e emocionais. Entendê-las melhor nos permite superar estigmas e tratar da forma correta – clinica e publicamente – os pacientes que a possuem. Como uma forma de trazermos mais conhecimento sobre as principais causas da obesidade, traduzimos o texto da World Obesity Federation sobre o assunto.

Hormônios

A leptina é o hormônio responsável pelo controle do apetite, pela sensação de saciedade, pela redução da ingestão de alimentos, pela regulação do gasto energético e pela manutenção do peso corporal. Em pessoas com obesidade, há uma resistência do cérebro à ação da leptina. Como existem muitas células de gordura no corpo – e consequentemente há uma alta na produção de leptina – o cérebro passa a entender que esse novo nível do hormônio é o nível normal, e deixa de regular o apetite. Por isso, há um aumento na sensação de fome, o que dificulta o emagrecimento. Esse quadro é conhecido como hiperleptinemia, e é atribuído às alterações nos receptores de leptina ou na deficiência do seu sistema de transporte no corpo.

Comida Processada

Além de terem um gosto e aparência extremamente desejável, as comidas processadas costumam ser mais baratas do que comidas saudáveis e possuem um marketing extensivo. Todos esses fatores estão interligados ao aumento do apetite pelo cérebro, o que pode incentivar a ingestão desse tipo de alimento e contribuir para o aumento dos casos de obesidade.

Genética

Estima-se que 40% a 70% da possibilidade do paciente ter obesidade vem dos seus genes. A maioria deles, sozinhos, tem um efeito pequeno no corpo. Porém, quando combinados, aumentam significativamente as chances de se ter obesidade.

Dificuldade de acesso a profissionais especializados

O cuidado estabelecido por profissionais especializados no tratamento da obesidade ainda não está disponível para todas as pessoas. A obesidade é uma doença crônica complexa, com inúmeros fatores que contribuem para desafiar o seu tratamento. Sem o cuidado adequado, pessoas com obesidade enfrentam uma dificuldade ainda maior para se tornarem saudáveis a longo prazo.

Influência do ambiente

Situações que acontecem durante o percurso da vida podem afetar o ganho de peso do paciente. A infância, por exemplo, é um período nutricional crítico que pode influenciar na predisposição da obesidade durante a vida adulta. Além disso, transtornos psicológicos, como a depressão, e medicamentos, como antidepressivos, podem aumentar o ganho de peso. Por isso é fundamental que o paciente informe ao médico especializado quais remédios ele costuma tomar.

Saúde Emocional

A obesidade e a saúde emocional estão extremamente interligadas. Alguns transtornos psicológicos são conhecidos por terem sintomas como letargia, aumento ou diminuição do sono e aumento do apetite. Todos esses fatores podem levar ao ganho de peso. Os tratamentos acompanhados de medicação também podem influenciar nesse quesito. Somado a isso, pessoas que sofrem com estigmas por causa do seu peso têm uma chance ainda maior de adquirir transtornos psicológicos como depressão e ansiedade.

Sono

A diminuição da duração e da qualidade do sono está diretamente ligada a doenças cardiovasculares, depressão e obesidade. Em relação a esta última, a falta de sono pode aumentar o cortisol – hormônio do estresse, diretamente associado ao ganho de peso – e a grelina – hormônio que estimula o apetite -, além de diminuir a produção de leptina – que controla a sensação saciedade do organismo.

Estigma

O preconceito contra pessoas com obesidade está fortemente enraizado na sociedade. Ele cria estereótipos em torno de pessoas afetadas por essa doença, e torna comum o tratamento injusto e desigual dessas pessoas, por causa do seu peso. Esse estigma pode gerar consequências graves, física, psicológica, social e economicamente. Pessoas com obesidade têm um aumento no hormônio do estresse, evitam locais que promovem a saúde física, como a academia, por meio de sofrerem preconceito, e são constantemente culpados pelo próprio peso. Situações como essas podem influenciar em menos saúde emocional e menos oportunidades de educação ou trabalho.

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