Doenças coronárias podem ser identificadas por exame de sangue

Imagine ser possível identificar placas de gordura e cálcio das artérias do coração por meio de um exame de sangue. Foi isso que a equipe de cardiologia do Hospital Israelita Albert Einstein fez durante uma pesquisa inédita em 170 pacientes.

Liderado pelo cardiologista da instituição, Eduardo Pesaro, o estudo aponta que duas proteínas encontradas no sangue podem ser capazes de identificar, ainda em fase inicial, as placas de gordura e cálcio nas veias, sendo um exame preventivo de doenças como o infarto do miocárdio, com boa antecedência.

De acordo com o cardiologista, a pesquisa foi dividida em duas partes e analisou oito proteínas ligadas à inflamação sanguínea e calcificação das artérias (mecanismos ligados ao entupimento das coronárias). Na primeira, foram analisados resultados de exames de 100 pacientes com calcificação coronária e comparados com um grupo controle (pacientes saudáveis).

O objetivo era descobrir quais proteínas apareceriam em níveis elevados, e teve resultado no aumento das proteínas MGP (atua na remediação da quantidade de cálcio nas artérias) e RANKL (uma das proteínas responsáveis pela calcificação das artérias) no sangue, indicando risco até três vezes maior de doença coronária.

A segunda parte do estudo analisou exames de sangue de 40 pacientes que tiveram infarto agudo do miocárdio, comparando amostras de sangue de pacientes que sofreram infarto recolhidas no terceiro dia pós evento e 60 dias depois, e verificou aumento de 23% na MGP nos exames realizados dois meses depois. A conclusão foi de que, após um episódio inflamatório severo, há elevação dessa proteína dessa proteína na tentativa de o organismo reduzir as consequências de calcificação do vaso após o infarto.

Diagnóstico

Atualmente existem apenas duas formas de identificação das placas de gordura e cálcio nas veias. O teste ergométrico (teste de esforço físico) é o mais comum para identificação da obstrução das coronárias, arritmia, falta de ar ou cansaço, só que não identifica as placas em fase inicial, geralmente a partir de 70 a 80% de entupimento.}

Já a tomografia de coronárias consegue identificar bem no início as placas, porém seu custo é alto e possui radiação. Assim, a opção do diagnóstico em fase inicial por meio de testes sanguíneos é mais barata e viável, já que é suficientemente preventiva.

Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein

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