Brasileiros reduziram consumo de alimentos saudáveis em mais de 85% durante a pandemia

Carne, frutas e queijo estão no topo da lista de alimentos saudáveis com redução de consumo durante a pandemia nos domicílios brasileiros, de acordo com o estudo ”Efeitos da pandemia na alimentação e na situação da segurança alimentar no Brasil”, feito pela Universidade Livre de Berlim, em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade de Brasília, divulgado nesta terça.

A análise foi feita com base em dados de entrevistas realizadas com 2.004 brasileiros pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD) no período de 21 de novembro a 19 de dezembro de 2020. Mais de 59% dos domicílios entrevistados passaram por situação de insegurança alimentar no último trimestre de 2020, o que representa 125,6 milhões de brasileiros. 

44% dos domicílios reduziram o consumo de carne

40,8% reduziram o consumo de frutas 

40,4% reduziram o consumo de queijo

36,8% reduziram o cosumo de hortaliças e legumas

18,8% dos domicílios aumentaram o consumo de ovo. Este aumento pode estar relacionado à substituição do consumo de carne.

 

Quase 60% dos domicílios estão em situação de insegurança alimentar.

A redução do consumo destes alimentos chegou a ser de mais de 85% nesses lares.

 

Insegurança alimentar

Falta de acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem que isso necessariamente comprometa o acesso a outras necessidades essenciais. 

Leve: quando há preocupação ou incerteza quanto o acesso aos alimentos no futuro ou a qualidade dos alimentos é comprometida para manter a quantidade de alimentos necessária para a família.

Moderada: quando há redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.

Grave: redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças. 

Fonte: Definições do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

 

A insegurança alimentar é mais grave em:

75,2% em áreas rurais

73,8% lares chefiados por mulheres 

73,1% região Nordeste

71,4% com renda de até 500 reais por pessoa

70,6% com crianças de até 70,6%

67,8% por pessoas de raça ou cor parda 

67,7% região Norte

66,8% por pessoas pretas

 

Dados: Estudo “Efeitos da pandemia na alimentação e na situação da segurança alimentar no Brasil”

Notícias

Calcule o seu IMC

Calcule seu IMC aqui no IBO.

O índice de massa corporal (IMC) é um dos parâmetros mais utilizados para classificar sobrepeso e obesidade em adultos. Ele é calculado a partir da divisão do peso (em quilos) pela altura (em metros) ao quadrado.

Quanto mais alto o IMC, maiores os riscos de doenças como diabetes, hipertensão, apneia do sono, doenças de articulações, entre outras.

Agende uma avaliação com a gente.